sábado, 9 de junho de 2018

Segredo Revelado





Este Blogue andou camuflado 10 anos!

Duas mãos cheias de existência e pouco conhecido por muitos.
Hoje acabo por me perguntar porque reprimi tantas coisas que me davam realmente prazer como a escrita e, muitas das vezes, apenas apareci aqui nas longas noites de trabalhos universitários que tinha. Apenas para fazer uma pequena pausa para café e aliviar as vistas do conteúdo académico.
Recordo-me, antes disso, de ir escrevendo também em rascunhos e guarda-los para que não os lessem. Ainda hoje me surpreendo, por vezes, ao ir mexendo em livros e os encontrar lá no meio perdidos.
Imaginem que acabei por descobrir uma declaração de amor num caderno do secundário ( na última página) apenas quando decidi desfazer-me dele e de outros cadernos há bem poucos anos atrás.
O "tal" chamava-se Miguel. Muito mais não sei, pois foi assim que ele assinou. Na altura deveria ser óbvio, mas passado algum tempo já não me recordava quem era. Mas se estas palavras lhe chegarem fica aqui o pedido de desculpa de nada ter dito em relação ao escrito, mas vi tarde demais.
E já agora recomendo que, para a próxima, nunca escrevas coisas bonitas num sitio tão escondido e pouco procurado. Viste o que aconteceu? Isso mesmo...não aconteceu.

Vendo bem as coisas se calhar fiz o mesmo com este blogue e com muitos outros escritos. Escondi-o, não o levei a sério, mas no fundo não significou que o esqueci ou que não era importante. Foi apenas o medo....E, por isso, aqui estou eu novamente.


Este blogue começou impulsionado pela leitura assídua de um outro, que pertencia alguém que me cruzei por motivos académicos e, por conseguinte, outros blogues que acabaram por fazer fervilhar e levar à criação do meu próprio canto. Canto este onde as teclas do portátil se deslizavam com a mesma destreza, por exemplo, de uma conversa agradável. Diria mesmo que muito melhor ainda. Apercebi-me que escrever no meu portátil acompanhada sempre com uma boa música de fundo, alimentava ainda mais a minha criatividade.
A música a mesma que me fazia intensificar sentimentos ou alimentar fantasias fez-me assim registar, se lhe quiserem chamar, alguns dos meus devaneios. Mas, ao mesmo tempo, apesar de gostar da ideia de ter o meu cantinho, senti-me demasiado despida aos olhares dos que me poderiam ler e pior ainda dos que me lessem e me conhecessem pessoalmente. Daí nunca ter divulgado esta página.

Parvoíce,não?
Talvez medo do julgamento menos positivo. O certo é que, tal como em algumas situações e setores da minha vida, pequei por não me valorizar e não tentar. Pequei por me esconder apenas por medo, medo de me mostrar, medo de me envergonhar, de não ser suficientemente capaz ou apenas medo de me magoar. O medo, o tal que me travou rotas prometedoras e, me fez mais tarde avançar por achar que as coisas poderiam nunca mudar.
As voltas que a vida dá, não é ?
As poderiam ter sido variadas o certo é que fica aqui a partilha sincera do nascimento deste canto e, de apesar da idade dele, serem poucos os que o conhecem, creio que ainda se vai a tempo da partilha do que foi e mais ainda do que virá. Assim livre de medos e, apesar das partidas que o meu cérebro me pode causar em termos de escrita, vamos actualizar o que pode ser agora mais do que nunca um exercício e recuperação mental.

Obrigada por estares desse lado.

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