sábado, 9 de junho de 2018

Até para olhar para trás é preciso saber fazê-lo. Tem sido tempo de muitas mudanças. Todo o tipo delas.
Tem sido variadas as pessoas, os sitios e as circunstancias que por mim passam. Tem sido acima de tudo bastante informação que deve ser primeiramente filtrada e retida mas nem sempre é fácil de o fazer. Por vezes é necessário um afastamento e "sair da ilha" para que a possamos ver melhor.
Tive uma paragem forçada. Talvez o meu anjo da guarda tivesse metido um requerimento ao universo para que eu percebesse, de uma vez por todas e sem rodeios, o que andava a fazer de errado comigo própria.
Se em tempos sabia saborear um momento e notava o quanto valia apena parar o tempo, caso fosse possivel, as coisas foram mudando reconheço, ou por circunstancias da vida ou por minha culpa, ou se calhar por consilio das duas, o foco passou a dispersão.
Apesar da forma que o meu anjo da guarda arranjou de me dar uma segunda oportunidade nesta vida com o tempo noto que, o que talvez se torna parte da minha essencia ficou preservada. Talvez deva-lhe dar mais atenção e, por isso, aqui estou eu!
Falo da orquestra que é coordenada entre meu coração e a  minha mente que se fundem numa melodia traduzida em escritos ou pensamentos que pairam na minha cabeça durante o dia nas mais variadas situações.
 Por vezes  surgem como que conclusões ou chamadas de atenção na minha vida. Podia comparar, por exemplo, como quando chegamos ao fim de um modulo num curso e fazemos a sintese para reter apenas o importante. Assim acontece-me às vezes.  Às vezes, ainda consigo perder-me nas minhas fantasias poeticas que circundam na minha cabeça, quantas reflexões surgem apenas ao ver alguem na rua a comer um simples gelado, quantas surgem ao olhar ingenuo de uma criança ou sorriso entristecido de um idoso, quantas coisas consigo apreciar neste caminho de altos e baixos onde acabei por fazer desvio.
Noto agora, ao olhar para trás no nascimento deste blogue, que muita coisa transmutou-se.
Há uma maturidade no meu olhar para mim própria e para os que por mim passam. E sim, há ainda a "libelinha" a qual o coração às vezes dispara arritmado, mas também a qual aprendeu a sentir com atenção os pormenores da vida e a se aperceber dos sinais que lhe são postos no caminho.
Essas coisas  que me circundam-me na cabeça acontecem com mais frequencia e em variadas situações. Por vezes numa relação mais estreita com o divino, outras mais virada para o que está lado a lado comigo em diversas situações. Com um olhar diferente estou de volta e decidi partilhar com quem me quiser acompanhar nesta nova viagem através do meu novo olhar onde poderão ler-me  das mais variadas formas.
Está prestes a nascer algo que me anda a inquietar e não consigo ter por muito tempo guardado dentro de mim.
Curiosos?


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