segunda-feira, 3 de junho de 2013

PaRa Ti Mãe


Está Sol.

Um dia quente e bonito como tu esperavas. Quase que parece as tuas boas vindas já reparaste? As tais que gostava de te ter dado e não sabes bem porquê mas sabes que foi a minha escolha e estou bem, respeitaste-me e sinto-me feliz por isso. Acho que no fundo nunca soube muito bem como te receber e muito menos como te ver partir. Porque no fundo nunca quis ter de pensar nem numa, nem noutra.

Sabes mãe há muito que precisava deste tempo e ainda não tinha tido coragem de o ter feito, como aquele tempo que também nós gostaríamos de ter tido quando reparámos nestes anos que passaram. Como eu cantava vezes sem conta e gostava que música se tornasse realidade, a tal do "oh tempo volta para trás" e não tivesse nunca de ter que te dizer adeus num choro escondido para me mostrar forte e crescida.

Quantas vezes me faltou a coragem para te dizer o quanto te admiro por teres ido para longe para me dares o melhor, o te ter dito o quanto gosto de ti e sinto a tua falta. O quanto gostava de ter breves momentos da tua atenção e do teu carinho. Quantas foram as vezes que a vontade era de te abraçar bem forte e pedir-te por tudo que não me deixasses, que não queria bonecas bonitas como o pai me dava daquelas que falavam e dançavam, de cabelos loiros e vestidos lindos, nem prendas surpreendentes, nem chocolates fantásticos. Preferia eu não ter conhecido a neve que muitos se deliciam, a ter que trocar todos estes anos.

Mas o tempo passou e contra isso não há nada  a fazer.Agradeço-te e reconheço que apesar do tempo e das circunstâncias permanece o importante que é o nosso o amor incondicional e a ele dou e darei o maior valor sempre e para sempre.

Obrigada.