Encontrei-te numa prateleira, a ti não, ao teu cheiro!
Tal e qual sem nenhuma alteração, num saquinho que ainda sem
pegar já sentia à entrada da loja, aquele cheiro de quando estou contigo.
Encontrei-o e agarrei-o de imediato para que não esperasse mais ali, naquela
prateleira. Para que não esperasse tal como estes anos todos que também nós
tivemos que esperar…
Apeteceu-me levar o stock todo para te espalhar por todos os
sítios por onde estou, para te poder sentir presente em todos eles. Cheira tão
a ti mãe que não consegui largar nunca mais aquele saquinho, que nada mais da
loja me conseguiu tirar atenção e cada vez que entro no carro, no meu quarto,
sinto-te tão perto de mim apesar de estares longe.
É tão teu, é tão nosso, é tão próprio das minhas férias
passadas contigo… É um saquinho que parece guardar lá todas as memórias onde
consigo sentir os risos, as recomendações e sentir o teu cuidado comigo antes
de sair à rua por causa do sol ou do frio, naqueles dias de quando estava muito
vento, por causa dos ouvidos, lembraste?
Agora parece o que o ar espalha magia e não dependo tanto da
minha memória e das fotos, tenho um cheiro tão teu, que fecho os olhos, viajo e
sinto-te comigo e por segundos estás mesmo! Parece que foi uma prenda que
recebi neste ano que não estiveste comigo, por isso, agarrei-a sem hesitar e não
vou largar nunca! Porque afinal encontrei-te de alguma forma!
01-01-2014
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