Mas tu
bem sabes, Inês, o risco que corres ao dar a mão ao Pedro, não sabes?
Inês sabia
bem o risco que corria ao dar a mão a Pedro e o difícil inverno que teria pela
frente. O risco de largá-la, devido às tempestades que iria passar, seria grande mas decidiu arriscar.
Ela não era só a pequena jovem que acreditava nos sonhos, mas também sabia que
algo de bom poderia ser possível ao fim deste inverno que foi mais denso que os
outros invernos e agora está quase no fim. Este foi apenas aquele em que Inês quis
resistir, não por teimosia mas porque o ritmo do coração assim o quis.
O sol já
espreita por entre as nuvens, já anuncia a chegada de Pedro. Ela sorri a cada
raio que rasga pela sua janela e orgulha-se do quão forte foi ao resistir às
tempestades deste inverno.
Reviram-se
noites a pensar no reencontro, gritam-se saudades em palavras escritas que
tentam alimentar o sentimento que os une, tentam encurtar a distancia e que
fazem tornar a chegada mais esperada que qualquer outra coisa.
Pedro
manda-lhe um bilhete lá de longe e pede-lhe que não lhe deixe de escrever, que
gosta de a ler mesmo quando ela fala teima em falar apenas nas entrelinhas. E
não saberia ele, melhor que ninguém, ler estas entrelinhas?
- Dou-te
um carinho mesmo que em fantasia Pedro para que o sintas como se estivesse aí
contigo, quando precisas do meu toque e eu do teu.
O
“beautiful day” http://www.youtube.com/watch?v=co6WMzDOh1o&feature=kp está para breve e o tempo vai deixar de ser tão farrusco pois os
tempos mudaram e Pedro não volta de cavalo tal como esperado mas sim num avião!
És
frágil Inês mas não será só de aparência? Começam ambos em contagem decrescente para que
o sol volte aquecer os dias de Inês, tal e qual antes de Pedro ter partido!