quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Stop!


Tudo quanto serve para contagem do tempo parou. O relógio deixou de ter horas e o calendário dias. Parou tudo no dia que estivemos juntos só para não ter de te ver partir e não ter que pensar nos dias que passaria sozinha, sem poder voltar a sentir um abraço teu, sobretudo nos dias de em que me sentisse mais só, um olhar atento, aquele olhar que como alguém diria “os teus olhos linda menina, pra quem neles souber ler, dizem mais coisas ainda do que tu sabes dizer” e tu sabes muito bem lê-los, um sorriso de quem admira cada gesto meu ao mais infinito pormenor, tal e qual como só e apenas tu o sabes fazer.
Hoje ganho coragem e olho o calendário, ainda não passou o tempo…ainda nem sequer passou o outono e prometeste que voltavas com o calor, lembraste? O tal que te viu partir e todo este frio, esta chuva que bate na janela teima em deixar-me ainda mais só, mais fria, mais longe de ti. Teima em fazer esta cama ainda maior e gelada e cada vez que o relógio desperta...cada vez que desperta a música, a tal que ponho em replay para dar mais uma volta e continuar a sonhar, a ver se o tempo vai passando, penso que ainda não chegou o dia…pois ainda chove, o calendário ainda não mudou, e apenas foi mais um dia.
Desligo e fico a sentir o teu cheiro que ficou no édredon. Abraço-o tal como se fosses tu e fico mais um pouco e nisto o inverno há-de passar rápido.
Parou tudo, quis que parasse, apenas para ficar aquele momento em que tu e eu fomos um.
Hei-de voltar olhar o calendário e sentir a diferença do tempo e o calor…o tal calor!
O calor de quando estás perto!

domingo, 10 de novembro de 2013

Ter de ser



Assim foi. Teve que ser. O bom fundido num mais que bom que depressa se foi, perdi-te!
Momento intenso e que vai durar a passar. Que vai agora ser consumido aos pouquinhos para que dure até voltar a ter-te de novo pertinho de mim. Foram poucos os  dias mas valiosos, bem mais que se fossem muitos mais do que aqueles que pudéssemos ter tido. Mas ainda permanecem. Ficaram tipo eco ao fundo de uma gruta quando gritas, sabes? Perduram e resistem e em vez de se apagarem com o tempo tendem a intensificar e a ficar o desejo por mais e mais. Sabes, eu bem sei que o destino não passa pelas nossas mãos, o que te tiver de ser será, há sins que custam a dizer, há nãos que não saem, há sins que tem de ser e o que virá, virá. Entendemos ao menos que o amanhã é sempre longe demais e o melhor ficará sempre num passado sempre presente.